quinta-feira, 16 de junho de 2011

Novos problemas e velhas questões

Foi capa da Zero Hora de ontem, quarta-feira. Estudo mostra que jovens de centros urbanos dormem até duas horas a menos por dia. Sem o descanso de nove horas diárias, ideais na adolescência, os estudantes apresentam dificuldade para prestar atenção à aula e aprender. A culpada pelo distúrbio do sono seria a tecnologia, ou seja, o excesso de horas na internet ou no videogame.


Essa matéria me fez lembrar a pesquisa divulgada pelo Fantástico. Segundo estudos ingleses, as crianças de hoje estão muito mais fracas do que há dez anos. O motivo seria a falta de exercícios físicos e “brincadeiras de rua”. Novamente, a vilã é a tecnologia. Diante do computador, o público infantil desenvolve hábitos sedentários.


De novidade, quase nada. Só a comprovação científica daquilo que qualquer observador mais atento já poderia afirmar. E aí volto a uma questão incômoda: de que adianta desenvolver ferramentas cada vez mais avançadas se o ser humano continua sem resolver problemas básicos como falta de limites e de atenção?


Ciberbullying, erros de ortografia cometidos no MSN e refletidos nas redações escolares... O dilema, por trás disso, parece ser o mesmo. Soa batido defender o desenvolvimento do pensamento, o convívio entre pais, filhos e pessoas em ambientes reais, a demonstração de afeto? A tecnologia está mais do que evoluída. Falta modernizar aquela pecinha fundamental no meio de tudo isso: o ser humano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário