terça-feira, 29 de março de 2011

O Globo muda e NYTimes cobra pelo conteúdo digital

O jornal O Globo, diário carioca, anunciou mudanças na redação com o intuito de "atender aos desafios diários da nova era da informação". Depois de integrar as redações do impresso e online, há um ano, o comando da redação mudará com o objetivo de estruturar melhor a produção e distribuição de conteúdo em todas as plataformas onde o veículo está presente: impresso, site, celulares, redes sociais, iPad, Kindle e outros dispositivos.

Para isso, está sendo criado o cargo de editor executivo de Plataformas Digitais, que será ocupado pelo jornalista Pedro Doria, ex-editor de conteúdo digital do Estado de São Paulo. Além da edição do site, Doria será responsável pelas áreas de mobilidade - celulares, iPad e outros dispositivos - e pela Editoria de Mídias Sociais e Interatividade. Essas áreas formarão o núcleo denominado Primeiro Minuto, cujo objetivo será comandar a distribuição de conteúdo nas plataformas digitais, respeitando as características de cada uma, e os hábitos de consumo de informação dos nossos leitores.

Para fazer frente aos desafios da produção multiplataforma de conteúdo, o diário também criou o cargo de editor de Imagens Multiplataforma, a fim de unificar o comando da produção multimídia na redação, incluindo fotos e o núcleo de vídeo. Ainda de acordo com comunicado, a produção multiplataforma de conteúdo exige novos processos de produção, curadoria apropriada para cada mídia e edição adequada para os conteúdos editados nos tablets. Ricardo Mello, atual gerente da Agência O Globo, ocupará o cargo.

Enquanto o Globo muda para atender as novas demandas, o New York Times começa a cobrar pelo seu conteúdo digital. o NYTimes iniciou nesta segunda-feira (28) o paywall global do The New York Times. No novo modelo de negócios, observado por outras empresas de mídia em todo o mundo, quem não for assinante do jornal poderá ler até 20 matérias por mês sem pagar nada. Na 21ª matéria clicada, os visitantes se deparam com três opções de assinatura: US$ 15 por um mês de acesso à edição online e às aplicações para smartphones (como o iPhone); US$ 20 para acessar edição online e aplicação para iPad; e US$ 35 mensais para ter acesso a tudo.

Todos os assinantes do impresso terão acesso livre e ilimitado a todas as plataformas digitais, com exceção, por enquanto, do conteúdo para leitores eletrônicos como o Kindle, da Amazon, e o Nook, da Barnes & Noble. Desde o dia 18 deste mês, o modelo vem sendo testado no Canadá, e agora chega aos demais países. A assinatura poderá ser feita no site do jornal. O modelo de negócios do New York Times está comentado em artigo no Observatório da Imprensa.

Com informações do site Jornalistas da Web.

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