Em primeiríssimo lugar, mal tinha concluído os primeiros trabalhos que realizo cedo da manhã e já recebi a ligação de um dos diretores da rádio sobre um encontro realizado no interior. Cheguei ao local e o evento não era nada parecido com o que tinham me avisado na rádio. Tampouco, era evento e se juntasse todos os participantes, não era o suficiente para considerar um encontro entre os moradores locais. O tal acontecimento tratava de um programa de troca de sementes de milho, corriqueiro em tudo que é local e não merecedor de uma pauta. Mas já que estava lá e o chefe tinha exigido uma interseção, fazer o que?!
Então tentei estabelecer uma ligação com a rádio através de meu aparelho de telefone celular. Mas o sinal estava fraco. O entrevistado pediu para irmos ao lado do muro do cemitério local onde o sinal era melhor, mas mesmo assim os cortes na ligação eram cruéis. Logo em seguida perguntei à minha fonte se havia próximo ao local onde estávamos uma residência que possuía telefone fixo. A casa que se localizava em frente ao pavilhão, para onde fomos logo em seguida, não possuía um telefone fixo, mas existia um celular com antena externa e que mantinha um excelente sinal. Fomos até a casa e o aparelho estava descarregado. Procuramos o carregador.
Depois de procurar em muitos lugares o tal carregador, achamos o “dito cujo”. O celular ligou um tempo após ter sido ligado e então estabeleci contato com a rádio, pois tinha poucos minutos para entrar ao vivo. Para completar, após todas essas dificuldades e a certa irrelevância de pauta, o sinal que falei anteriormente era bom. Como dizem os usuários do aparelho, existiam todos os “risquinhos” (intensidade do sinal). Mas não sei o que ocorreu com a ligação, pois piorou a qualidade. Logo em seguida, também caiu o cabo da antena que mantinha a ligação. Mas refiz o contato e concluí a móvel. Todo o drama teve um final feliz.
O que quero dizer é que com pouca estrutura, consegui estabelecer contato de um lugar que era praticamente impossível. Não perdi a viajem. Ao mesmo tempo, já cliquei algumas foto que o chefe pediu para publicar no jornal. Se com pouco suporte (somente celular com antena) conseguimos dar andamento ao trabalho, imagina com outros aparelhos que cada vez mais modernizam a estrutura do webjornalismo? Sem falar nos dispositivos usados em outros países, como por exemplo, o Egito e o Japão, onde ocorrem, respectivamente, as guerras civis e tsunami. Neste ponto de vista, volto ao início do post em que concordo com a Tamira sobre o que ela falou. E vocês, leitores, blogueiros, profissionais da área, colegas e professor, também concordam?
O limite é exatamente o que fazer. O que é relevante e que realidade quer mostrar.
ResponderExcluirO conteúdo por trás ou em vanguarda das ferramentas. Diariamente construímos novas formas e de fato dominamos a possibilidade de, ao menos neste planeta, nos comunicarmos em larga e micro escala. Esta comunicação controla processos, máquinas, inteligência humana e artificial. Agora nosso limite é superarmos o abismo do entendimento, nos comunicamos, mas não nos entendemos, seguimos subordinados a pura e inconseqüente ação consumista. O que fazer para que o jornalismo constitua mudança significativa para um futuro conturbado que se apresenta? Porque será que não há ainda sinal de internet nesta localidade?
O Plano Nacional de Banda larga, por exemplo, que visa estabelecer condições para acesso de banda larga a todos no país, está travado exatamente nos problemas resultantes das privatizações da década de 90. Hoje o Estado ou o povo não podem optar por garantir este direito, precisa necessariamente atender interesses dos grupos beneficiados pelas privatizações e, no momento, o interesse é pelos bilhões para execução do plano. Há alguns dias o governo anuncia a rendição, definitiva, e terá a TELEBRAS como reguladora, com reduzida participação no mercado de distribuição. Talvez com este imaginário o governo acredite que no mercado privado possa reduzir um dos mais caros serviços do mundo, atendendo ao lucro e a sede de expansão de empresas européias sob a sede de se recuperarem da crise, novamente na sua colônia.
Grande abraço Júlio
Alan