quarta-feira, 6 de abril de 2011

A reportagem no Estadão

A notícia dos PMs acusados de execução em São Paulo ilustra bem as características da reportagem no site do jornal O Estado, de São Paulo. Sem destacar as matérias especiais em uma seção diferenciada, como por exemplo no caso da catástrofe no Japão entre as reportagens produzidas no site da Zero Hora, o Estadão busca cercar as matérias mais elaboradas com links para textos e recursos de apoio logo abaixo do título. Isso acontece quando as matérias estão em destaque na tela inicial. Depois, os links com as repercussões são exibidos junto ao corpo do texto inicial, que dá os aspectos principais da notícia ao leitor.

A partir daí é possível identificar que a reportagem procura seguir os aspectos da navegação em camadas, embora com falhas na forma de disposição do conteúdo. Quando acessado o link para ouvir a gravação da denúncia em tempo real da execução feita pelos PMs em um cemitério, o leitor não encontra outras possibilidades de hipertexto para os materiais de apoio. É preciso clicar no botão voltar, no cabeçalho da "página", para acessar novamente o menu principal da matéria. Mas ao acessar a transcrição da ligação da testemunha do crime ao Copom, há apenas duas possibilidades de novas telas. Ainda assim, a utilização do hipertexto pouco acontece com conteúdos que ampliam a repercussão do caso. O relato do pai do rapaz executado, a matéria que trata da proteção à testemunha, a análise de um major da PM em aúdio sobre o caso, o comentário de um especialista com o tema "impunidade favorece a cultura do extermínio" e as repercussões em blogs só podem ser acessadas na lista de links apresentada junto ao texto inicial da notícia.

Embora ofereça atualização constante e recursos multimídia (áudio, fotos, imagem em movimento), os quais são visualizados, geralmente, logo que o leitor acessa a "página" da matéria, a reportagem fica prejudicada no aspecto da navegação. Em outro caso, quanto às características do jornalismo on-line, a interatividade é largamente explorada. Os comentários são permitidos em todos os espaços, além da utilização de dispositivos como twitter, facebook, orkut e e-mail.

Em tempo, veja a repercussão do caso em uma matéria no Jornal da Band, via YouTube.

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