terça-feira, 5 de abril de 2011

Reportagem na web: análise em ZH


Escolhi para análise o especial “Catástrofe no Japão: terremoto, tsunami e acidente nuclear”, veiculado no site da Zero Hora.  A navegação em camadas não segue exatamente o modelo proposto pela pirâmide deitada, que consiste em quatro níveis de exploração. Na tela inicial da web reportagem em questão, é possível visualizar uma gama de opções. O especial “Catástrofe no Japão” oferece ao internauta uma série de células com possíveis abordagens e escolhas. A tela inicial possui um menu tradicional, à esquerda, além de chamadas especiais para vídeos e gráficos que relatam a situação do país oriental.
Ao selecionar, na tela inicial, a chamada intitulada “Os efeitos do tremor em imagens”, o internauta passa a conferir, na tela 2 (T2), um álbum de fotos virtual. A galeria, uma das células disponíveis no especial, contém imagens dos japoneses durante a catástrofe, juntamente com uma legenda explicativa e miniaturas para a visualização de outras fotografias. Também está disponível a opção slideshow, que reproduz todas as imagens da galeria automaticamente. 

Após observar as fotos que retratam a catástrofe no Japão, conforme exemplo mencionado acima, o leitor tem a oportunidade de voltar para a tela inicial do especial. Se quiser observar os vídeos, por exemplo, esses comporão a nova T2 do internauta. Ao lado dos vídeos, que estão dispostos em pequenas caixas, é mantido o menu esquerdo. Da imagem em movimento, o internauta pode percorrer as notícias relacionadas à catástrofe. Dessa forma, tem-se a 3ª tela aberta (T3). Ao abrir uma matéria (T4), o leitor encontrará, ao lado direito da mesma, uma série de notícias que envolvem o tema, caso tiver interesse de obter mais informações.

Conforme falamos na última aula, é difícil fazer webjornalismo. Imagine, então, criar uma reportagem para esse suporte. Como podemos observar, a tela inicial do especial “Catástrofe no Japão: terremoto, tsunami e acidente nuclear” oferece ao leitor, de cara, diversas opções para navegação. São fotos, áudios, vídeos, gráficos, notícias, interação com o internauta e até uma espécie de diário de bordo do repórter de ZH. Embora não siga religiosamente os níveis da pirâmide deitada, as camadas oferecidas nesse sistema são similares às disponibilizadas pela Zero Hora em seu especial. Essa pirâmide funciona, desde que com mecanismos virtuais atualizados e inovadores na medida do possível.

Segundo Pollyana Ferrari (2003), autora do livro “Jornalismo Digital”, os desafios do fazer jornalístico nesse suporte estão relacionados às necessidades de preparar as redações, como um todo, e os jornalistas em particular, para conhecer e lidar com as transformações proporcionadas pela web. Conforme Ferrari, além da necessidade de trabalhar com vários tipos de mídia, é preciso desenvolver uma visão multidisciplinar. A multimidialidade exigida no suporte web apareceu, em grande escala, nesse especial do site ZH.

Com informações do material estudado na última aula de Jornalismo Online (30.03.11).
Referência:
FERRARI, Pollyana. Jornalismo Digital. São Paulo: Contexto, 2003.

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